A cooperativa

A comunidade da Região do Cará

A Comunidade da Região do Cará surgiu na década de 50, incentivada por Antônio Batista da Silva e sua esposa, dona Etelvina Rosa de Jesus, que trabalhavam em mutirões, na olericultura e na produção coletiva de lavouras de milho, arroz, feijão e abóbora.

No ano de 1956, Antônio Batista iniciou a produção do POLVILHO DO CARÁ, marca tradicionalmente conhecida e valorizada no mercado goiano por ser um produto artesanal e de qualidade comprovada.

A comunidade liderada por Antônio Batista da Silva sempre desenvolveu suas atividades de forma organizada e coletiva, tendo o ideal do trabalho em conjunto e da manutenção das tradições como valor primordial. Além disso, Antônio sempre difundiu os valores do homem do campo e a ideia de que apenas unidos podia-se vislumbrar um futuro com menos desigualdades sociais, com dignidade e sustentabilidade para as gerações futuras, evitando assim o êxodo rural.

Com a fundação da COOPERABS em 2005, cooperativa que representa os pequenos produtores, o produto ganhou mercado e hoje é referência em todo o estado de Goiás. Os valores do passado ainda são divulgados pela diretoria da COOPERABS e membros da comunidade, visando manter a produção artesanal e tradicional para fortalecer a agricultura familiar.

 

A fundação da Cooperabs

Do início da década de 1990 até o ano de 2005, havia alta competição entre os produtores de polvilho, porém a escassez de matéria-prima tornava inviável a continuidade da produção de polvilho na região. Muitos pararam de produzir e mudaram-se para as cidades e outros passaram a desenvolver outras atividades, como produção de leite e prestação de serviços em chácaras circunvizinhas.

Diante da necessidade de resgatar a dignidade financeira dos moradores da Comunidade, acabar com a competição entre os produtores, possibilitar o retorno das famílias ao meio rural e, principalmente, prover o sustento das pessoas, surgiu a ideia de fundar uma cooperativa em que todos pudessem comercializar seus produtos com oportunidades iguais. Com esse objetivo, em 10 de maio de 2005 foi fundada a Cooperativa Mista dos Pequenos Produtores de Polvilho e Derivados da Mandioca da Região do Cará – COOPERABS.

A sigla COOPERABS é uma homenagem ao patrono do Polvilho do Cará. COOPER se refere à cooperação e trabalho em conjunto e ABS é a sigla do nome de Antônio Batista da Silva. Essa escolha representou o desejo da Cooperativa em manter atual a importância do trabalho em conjunto e dos valores da comunidade.

Após a formação da Comissão de Fundação, a COOPERABS buscou apoio da Secretaria Estadual de Indústria e Comércio e ofereceu um curso sobre gestão de Micro e Pequenas Empresas para os interessados na formação da sociedade Cooperativa, conciliando o interesse baseado na necessidade de comercialização da produção e na manutenção do homem no campo.

A valorização do trabalho do homem do campo, das tradições e dos sonhos das pessoas formam o objetivo central da COOPERABS, pois acreditam que os cooperados, com seus familiares, a comunidade e a diretoria da Sociedade Cooperativa formam a “FAMÍLIA COOPERABS”, para a qual se trabalha incansavelmente na busca da realização dos objetivos.

 

Aspectos socioeconômicos

A Comunidade da Região do Cará foi formada por 05 (cinco) famílias primárias: Batista, Pereira, Gomes, Paula e Guimarães, que agregaram outras pessoas no decorrer dos anos. Hoje a Comunidade tem mais de 300 moradores, os quais exercem atividade econômica na agricultura familiar para produção e comercialização de polvilho artesanal e produção de leite.

Além deles, existem também os previdenciários, que fazem compras de bens de consumo no armazém da COOPERABS, valorizando e fomentando a economia local.

As crianças e jovens são incentivadas a estudar, valorizando sempre as tradições, crenças e preceitos familiares do homem do campo. Elas frequentam regularmente as salas de aula localizadas na cidade de Bela Vista e são transportadas pela rede municipal de transporte estudantil.

Na comunidade existem lideranças que fazem reuniões periódicas para discutir os problemas da região e do homem do campo, como segurança no meio rural e preservação da natureza e das tradições, buscando o desenvolvimento da região de forma planejada, organizada e consciente.

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